Praça do Comércio

A Praça do Comércio, mais conhecida por Terreiro do Paço, é uma praça da Baixa de Lisboa situada junto ao rio Tejo, na zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos. É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36 000 m² (180m x 200m). É o centro da cidade de Lisboa, bem como a sua principal praça.

Em 1511, o rei D. Manuel I transferiu a sua residência do Castelo de São Jorge para este local junto ao rio. O Paço da Ribeira, bem como a sua biblioteca de 70 000 volumes, foram destruídos pelo terramoto de 1755. Na reconstrução, coordenada por Eugénio dos Santos, a praça tornou-se no elemento fundamental do plano do Marquês de Pombal.

O Complexo Ministerial com arcadas que circunda a praça, alberga parte dos departamentos dos Ministérios do Governo Português, o Governo Civil de Lisboa e o Supremo Tribunal de Justiça e ainda o famoso café Martinho da Arcada, o mais antigo de Lisboa, e um dos preferidos de Fernando Pessoa.

No centro da praça, vê-se a estátua equestre de D. José, erigida em 1775 por Joaquim Machado de Castro, o principal escultor português do século XVIII. No lado norte da praça, encontra-se o Arco Triunfal da Rua Augusta, a entrada para a Baixa. A área serviu como parque de estacionamento até à década de 1990, mas hoje este vasto espaço é usado para eventos culturais e espectáculos.

No terramoto de 1755, onde hoje se encontram os edifícios que constituem o Terreiro do Paço, existia o Palácio Real, em cuja biblioteca estavam guardados 70 mil volumes e centenas de obras de arte, incluindo pinturas de Ticiano, Rubens e Correggio. Tudo foi destruído. O precioso Arquivo Real com documentos relativos à exploração oceânica, entre os quais, por exemplo numerosas cartas do achamento do Brasil e outros documentos antigos também foram perdidos.

Alguns acontecimentos históricos nesta praça:

A 1 de Fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e seu filho Luís Filipe foram assassinados quando passavam na praça.

No dia 25 de Abril de 1974, a praça assistiu à Revolta do Movimento das Forças Armadas, que derrubou o governo de Marcello Caetano e o Estado Novo, numa revolução com apenas quatro mortos registados no cerco popular à sede da PIDE/DGS (polícia política do regime deposto).

No dia 11 de Maio de 2010, o papa Bento XVI celebrou a Santa Missa na praça com um total de 280 mil fiéis a assistir.